Portugueses revelam desconhecimento sobre seguro automóvel

Março 8, 2013

desconhecimento sobre seguro automovelApenas 39 por cento dos condutores portugueses de automóveis afirma ler a informação enviada pela sua seguradora, 66 por cento não sabe o que é o prémio de seguro e só 38 por cento sabe a quem recorrer em caso de acidente se o outro condutor não tiver seguro, revela um estudo encomendado pela Seguro Directo à GfK com o objetivo de caracterizar a relação dos portugueses com o seguro automóvel.

Quando questionados sobre a quem recorrer no caso de ter um acidente e do outro condutor circular sem seguro automóvel, verifica-se um claro desconhecimento da proteção do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) através do Fundo de Garantia Automóvel.

Apenas 38 por cento refere que recorreria ao ISP.

Catorze por cento afirma que contataria a Direção-Geral de Viação, 11 por cento a Associação Portuguesa de Seguradoras e quatro por cento o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres.

De salientar ainda que 33 por cento dos entrevistados não sabe ou não responde a esta questão.

Apenas 39 por cento dos inquiridos diz ler sempre a informação enviada pela sua companhia de seguros.

(Será? Será que leem mesmo as condições gerais e particulares das apólices?)

31 por cento afirma ler às vezes e 30 por cento afirma nunca ler.

Dos que revelam ler, sempre ou às vezes, a maioria diz esclarecer o que não entende com a sua seguradora.

Só 44 por cento dos entrevistados sabe que prémio de seguro significa o preço pago pelo seguro.

Para 38 por cento “prémio” é o valor pago pela seguradora na ausência de sinistros e para 13 por cento é o valor pago pela seguradora em caso de sinistro.

Apesar da maioria – 60% – saber que tomador do seguro é o titular da apólice, 25 por cento diz ser o condutor e 6 por cento a companhia de seguros.

Nas classes sociais D e E, assim como na faixa etária entre os 18 e os 24 anos, este desconhecimento é mais acentuado.

Os portugueses também parecem não saberem o que é uma franquia de seguro. Para 22 por cento dos inquiridos o termo franquia é o valor a cargo da seguradora em caso de danos e não o valor a cargo do segurado.

Ainda que a maioria saiba o que é uma participação (81 por cento), apenas 66 por cento sabe que tem oito dias para a fazer. 10 por cento dos entrevistados referem um limite de 15 dias e 11 por cento de 30 dias.

Quando questionados sobre o que mais valorizam num seguro automóvel, 41 por cento refere o preço, 35 por cento a qualidade e 14 por cento a rapidez. Para os inquiridos entre os 35 e os 44 anos o preço é mesmo o item que mais importância tem. Já para os entrevistados com mais de 65 anos a qualidade é o fator mais valorizado.

A maioria dos entrevistados, 53 por cento, afirma renegociar o seu seguro automóvel. Destes, 67 por cento fazem-no anualmente e 17 por cento de dois em dois anos. Dos que indicam fazer a renegociação anual, 79 por cento pertence à classe C e tem entre os 25 e os 34 anos.

Sandra Moás da Seguro DirectoPara Sandra Moás, Diretora-Coordenadora da Seguro Directo, “estes dados vêm confirmar aquilo que constatamos diariamente. Por um lado, verifica-se ainda um desconhecimento significativo dos portugueses relativamente ao setor segurador, o que dificulta o relacionamento dos segurados com as seguradoras, que veem os seguros como algo standard e sem grandes diferenciações.

É essencial continuar a apostar na simplificação da linguagem e nos próprios conteúdos das mensagens, desmistificando o “segurês” e construindo novos modelos de relacionamento com os Clientes.

Por outro lado, verificamos que o binómio qualidade/preço é dos aspetos mais valorizados pelos clientes, pelo que também aqui vamos continuar com a nossa política, ou seja, oferecer um serviço de qualidade a um preço muito competitivo. Este tem sido o ponto forte que ao longo do anos nos tem sido reconhecido, quer por Clientes, quer por estudos de mercado, e é nele que queremos continuar a apostar.”

O estudo foi realizado pela GfK para a Seguro Directo entre os dias 1 e 7 de fevereiro de 2013, através da realização de 401 entrevistas telefónicas, num universo constituído pela população portuguesa condutora regular de viatura automóvel.

 

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