Seguradoras vão pagar 23 milhões em indemnizações por temporal

Fevereiro 5, 2013

120369413309_dinheiro_tnHá uns dias, referimos aqui no site, que se os portugueses fossem um povo amigos dos seguros, se prezassem tanto a segurança dos seus bens como outros povos lá fora, nomeadamente os norte-americanos, que têm um seguro para tudo e mais alguma coisa, as seguradoras portuguesas estariam na iminência de pagarem das mais elevadas indemnizações de que há memória nos últimos tempos, no decurso do mau tempo que assolou o país nos passados dias 18 e 19 de Janeiro.

Não sendo assim, não tendo os portugueses os seguros que necessitariam para agora estarem descansados e esperarem apenas pelas indemnização, o “tombo” das companhias de seguros não foi tão grande como poderia ter sido, e é pra isso que elas servem, para darem algum equilíbrio temporal no deve e haver: coletam antes, para o disponibilizarem depois no caso de ocorrer um incidente.

E dessas indemnizações que lhe falamos, ou pelo menos do que até à data está apurado pela Associação Portuguesa de Seguradoras (APS).

Contas feitas, segundo o Público que acompanhou a conferência de imprensa promovida pela APS para dar conta dos danos provocados pelo temporal, foram 12500 os sinistros, com custos que ascenderam a 23 milhões de euros.

Este número de sinistros, bem como os custos que lhes estão associados, ainda podem aumentar por se esperarem mais participações e o resultado das avaliações que ainda estão a decorrer.

O valor de 23,3 milhões de euros, inclui as indemnizações já pagas e as provisões constituídas pelas companhias de seguros.

Pedro Seixas Vale, o presidente da APS, estima mesmo que os custos totais possam vir a atingir 25 a 27 milhões de euros.

O maior parte dos seguros accionados para o pagamento dessas indemnizações diz respeita ao ramo de incêndio e outros danos, ao abrigo dos quais foram participados perto de 12 mil sinistros, com custos globais de mais de 22 milhões de euros.

Em seguros multirrisco de habitação contam-se 9700 sinistros, com custos na ordem dos 13 milhões de euros.

O mesmo tipo de seguros multirriscos, mas aplicável a comércio e indústria, responde por nove milhões de euros, respeitantes a mais de dois mil sinistros.

Entre as regiões afetadas, usando a métrica dos valores indemnizatórios, a região Centro foi a mais afetada pela sinistralidade, com uma fatura acima dos 14 milhões de euros.

No Norte, as seguradoras tiveram que responder por mais de 4.5 milhões de euros e em Lisboa as indemnizações rondam os três milhões de euros.

O presidente da APS usou uma figura interessante ao afirmar que as seguradoras devolvem à sociedade o que recebem das pessoas, lembrando que anualmente a globalidade dos sinistros pagos ascende a oito mil milhões de euros.

O responsável precisou que os danos a nível das explorações agrícolas localizaram-se sobretudo nas estruturas e estão incluídos nos multirriscos, uma vez que nesta altura do ano ainda não há colheitas.

Garantiu também que as seguradoras não têm dificuldade em pagar os sinistros, uma vez que mutualizam os riscos, e que os maiores custos no Centro do país se devem a maiores danos e a mais pessoas seguradas.

Quanto aos prazos, Pedro Seixas Vale, deu conta que cerca de 80% a 90% dos sinistros são pagos logo num período de trinta dias.

 

Principal dinamizadora da criação da Seguros Mais, detém formação superior em Engenharia que aplica nas áreas da consultoria e formação, não deixando de ser elemento ativo nas publicações e avaliações do site.

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