Conservadorismo premiado na gestão dos PPR públicos

Outubro 30, 2008
Em PPR

Conservadorismo premiado na gestão dos PPR públicosO ministro da Segurança Social anunciou, no lançamento dos planos poupança reforma (PPR) públicos que a sua carteira iria replicar a política de investimento do fundo de estabilização (FEFFS). Mas os retornos acumulados em plena crise são diferentes. A natureza dos certificados de reforma (conhecidos como PPR Públicos) obrigou o Ministério do Trabalho e Segurança Social a adoptar, no início de vida do produto, uma estratégia de gestão bem mais conservadora que o normal. A medida está mesmo a ser proveitosa, principalmente quando comparada com o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), cuja política de investimento era tida como a que deveria vir a servir de modelo à gestão dos PPR públicos.

O fundo que gere as aplicações dos contribuintes portugueses nos PPR públicos conseguiu uma rentabilidade positiva de 2,3% de Março a Setembro. Um desempenho que só pode ter sido conseguido através da aposta quase total no mercado monetário (liquidez) e na dívida pública de longo prazo.

Por oposição, nos primeiros 3 trimestres de 2008, a rentabilidade acumulada pelo FEFFS foi negativa: – 3,1%, em resultado da exposição em 21% da carteira ao mercado accionista em queda. Uma exposição semelhante à do final de 2007 e que não foi ajustada à crise económica e financeira, que provocou perdas de 40% a 50% nas bolsas mundiais.


 

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