Portugueses mostram descuido antes e durante a condução

Março 21, 2013

condução descuidadaUm estudo encomendado pela seguradora direta do Grupo AXA revela que os portugueses ainda convivem mal com um conjunto de restrições a que deveriam submeter durante a condução de veículos automóveis. Por outro lado, o estudo encomendado pela seguradora direta também revela algum descuido no cuidado com os próprios veículos e com o transporte de crianças.

O estudo desenvolvido pela GfK para a Seguro Directo evidencia algum descuido nos cuidados com os veículos e com o transporte de crianças.

Dos inquiridos que habitualmente transportam crianças, seis por cento admite, por vezes e em curtas distâncias, não cumprir todas as regras de segurança, sendo que é um comportamento que se verifica mais na classe C e no interior do país.

Mas o desleixo de alguns não se fica por aqui, uma vez que muitas vezes transigem ao realizarem tarefas não compatíveis com a condução.

O Telemóvel e a condução

No que diz respeito ao uso do telemóvel, 11 por cento admite enviar SMS enquanto conduz, verificando-se uma prevalência nos indivíduos entre os 18 e os 24 anos e das regiões urbanas de Lisboa e Porto. Se o telemóvel tocar enquanto conduz, 30 por cento refere não atender, 29 por cento diz parar para atender, 26 por cento atende com sistema de mãos-livres, oito por cento atende apenas se for urgente e sete por cento fá-lo sem sistema de mãos-livres. De salientar que os entrevistados entre os 25 e os 34 anos referem usar mais o sistema de mãos-livres e acima dos 65 anos a maioria diz não atender. Sete por cento indica já ter sido multado por falar ao telemóvel enquanto conduzia, sendo que destes apenas 64 por cento refere ter alterado o seu comportamento. 17 por cento afirma tomar a iniciativa de fazer uma chamada telefónica enquanto guia e 48 por cento revela que fala menos ao telemóvel quando está ao volante se for acompanhado.

Fumar enquanto conduz

Questionados sobre o fato de fumarem enquanto conduzem, 56 por cento afirma fazê-lo. Destes, 18 por cento admite já se ter distraído ao volante por estar a fumar. Verifica-se que é nas classes sociais mais baixas que há maior tendência para fumar enquanto conduzem. É na faixa etária entre os 25 e os 44 anos que os inquiridos confessam se distrair mais por estar a fumar. De salientar também que no Alentejo e no Interior se verifica uma menor propensão para fumar enquanto se conduz.

Ouvir Música, carregar bateria e enganar-se no combustível

Há 90 por cento dos entrevistados que revela ouvir música enquanto conduz, mas apenas oito por cento refere que este comportamento os distrai.

Dos inquiridos, 25 por cento afirma não saber dar um encosto numa bateria, sendo que há mais mulheres e jovens nesta situação, 55 por cento e 33 por cento, respetivamente. Por outro lado, é nas classes sociais mais elevadas que o desconhecimento é maior. Treze por cento afirma já se ter enganado no combustível e apesar de a lei o exigir, apenas 87 por cento refere ter o colete refletor á mão.

Óleo, pressão dos pneus e sobresselente

No que toca a pneus, 13 por cento afirma não saber medir a pressão de ar. Mais uma vez as mulheres e os jovens distinguem-se pelo seu desconhecimento, com 34 e 26 por cento, respetivamente. Conclui-se ainda que 18 por cento dos entrevistados não sabe mudar um pneu, número que chega aos 49 por cento nas mulheres e 26 por cento nos jovens. Mais de metade (55 por cento) dos entrevistados revela verificar o estado do pneu suplente menos do que duas vezes por ano.

O nível do óleo é verificado mensalmente por 38 por cento dos inquiridos. Ainda assim, há 27 por cento que afirma fazer esta verificação menos do que duas vezes por ano. Contudo, importa destacar que 48 por cento dos homens afirma fazê-lo uma vez por mês e é nas classes sociais D e E que se verifica maior cuidado.

Antes de partir para uma viagem de longa duração, 81 por cento dos condutores indicou verificar o nível da água, 87 por cento a pressão dos pneus e 78 por cento o nível do óleo.

Revisões do carro

Apesar da crise, 92 por cento dos respondentes afirma fazer as revisões dentro dos prazos indicados. Destaque para o fato de entre os 35 e os 54 anos haver mais pessoas a confessar não o fazer.

Sandra Moás da Seguro DirectoPara Sandra Moás, Diretora-Coordenadora da Seguro Directo “os dados mostram-nos claramente que apesar de a maioria dos condutores ter os cuidados necessários com a sua viatura, ainda há pontos a melhorar para evitar situações menos agradáveis, como são exemplo os problemas em viagem por falta de manutenção.

Por outro lado, e no que toca aos hábitos dos portugueses ao volante, temos de melhorar no sentido de evitar as distrações quando conduzimos e cumprir sempre todas as regras de segurança”.

Este foi mais um estudo realizado pela GfK Metris para a Seguro Directo. Desta feita levado a cabo entre os dias 1 e 7 de fevereiro de 2013 através da realização de 401 entrevistas telefónicas, num universo constituído pela população portuguesa condutora regular de viatura automóvel.

 

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