Cresce a preocupação com os acidentes de trabalho

Fevereiro 12, 2012

ACT acidentes de trabalhoAlbano Ribeiro, o presidente do Sindicato da Construção de Portugal, é de opinião que a ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, não dispõe de todos os meios necessários, materiais e humanos, para dar conta de das necessidades de um setor tão grande como o da construção civil, com tantas obras, algumas das quais de extrema perigosidade.

O presidente do Sindicato da Construção afirma ainda que os acidentes de trabalho são uma consequência da política de cortes do Governo, deixando um conselho ao Governo para que não continue na direção que está a tomar, que segundo Albano Ribeiro é a de cortar em termos de higiene e segurança.

Só uma inversão desta marcha poderá evitar que existam mais acidentes de trabalho no setor da construção civil.

O sindicalista vai mais longe e afirma que nenhum Governo anterior, seja do PS ou do PSD tomou as medidas que este já realizou e que a responsabilidade pelas mortes que possam acontecer a partir deste momento deverá ser assacada ao Executivo.

Em 2010 registaram-se 55 vítimas mortais e em 2011 o número baixou para 38. Apesar do número de mortos por acidente de trabalho no sector da construção ser lastimável, os valores estão em queda. Albano Ribeiro alerta para a necessidade de mais formação e acentua que a pressa é um inimiga da segurança.

Desde o momento em que os projetistas idealizam uma obra até à sua materialização decorre um tempo muito curto na opinião do presidente do sindicato da construção civil.

Existe uma enorme pressão para que a obra de concretize e como tal aumentam as probabilidades de ocorrerem mais acidentes mortais.

Estas considerações aparecem na sequência dos graves acidentes ocorridos nos últimos dias, que os media levaram ao conhecimento do grande público.

Os acidentes nas obras de construção da barragem do Foz Tua: um primeiro originado por uma derrocada que matou três trabalhadores e agora um segundo em que outros cinco trabalhadores ficaram feridos, sendo que um com gravidade. A queda duma das paredes do mercado do Livramento em Setúbal que provocou a morte por soterramento a cinco trabalhadores. E a queda de uma grua em Almada, onde dois trabalhadores ficaram feridos.

É obrigação das entidades patronais zelar pela segurança dos seus colaboradores e estão obrigadas por lei a celebrarem para os mesmos seguros de acidentes de trabalho. No entanto, a título pessoal, todos nós deveríamos contratar um  seguro de acidentes pessoais que nos proteja nas variadas atividades do dia-a-dia, sejam as profissionais, sejam as atividades de lazer em família.

 

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