Dicas para ter um seguro de saúde mais barato

Novembro 13, 2013

Atualmente não contar com um seguro de saúde é um risco. As deficiências e até o custo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm vindo a acentuar-se, pelo que cada vez se tona mais sábio procurar no domínio dos cuidados de saúde privados, uma ajuda que lhe permita aceder a estes serviços de forma mais económica e poder contar com eles a preços suportáveis quando a saúde nos pregar uma partida.

Damos-lhe conta de algumas dicas para conseguir para si o seguro de saúde mais barato possível.

dicas para seguro de saúde barato

Poderemos sumariar esses conselhos na seguinte lista:

  • Contratar seguros de saúde low cost
  • Adequar convenientemente as caraterísticas do seguro de saúde às suas reais necessidades
  • Ter hábitos de vida saudável
  • Escolher o pagamento anual do seguro, sem fracionamento

Quanto ao primeiro dos tópicos, o leitor já conhecerá os seguros low cost através do ramo automóvel.

Sabe com certeza que as seguradoras low-cost conseguem praticar preços mais baixos que a generalidade das seguradoras tradicionais, pois têm uma estrutura de custos mais reduzida, por força precisamente de operarem nos chamados canais diretos – telefone e internet.

Aplique então este conceito aos seguros de saúde. É que as seguradoras diretas já chegaram a este segmento de seguros. A oferta já é elevada, quer das seguradoras mais conhecidas, que começaram pelo seguro automóvel, quer de players específicos deste segmento.

Saúde a preços low-cost

Com uma enorme probabilidade, se as suas necessidades são relativamente comuns à generalidade da população e não tem nenhum fator diferenciador marcante que o distinga em termos de exigências de saúde, os seguros de saúde mais baratos para si estarão entre a oferta das seguradoras low cost.

O problema, como terá depreendido da ressalva feita no parágrafo anterior, prende-se com alguma restrição na oferta destes seguros – as coberturas comercializadas são genéricas, se forem as ideais para si, ótimo, senão terá que recorrer a oferta mais diversificada.

Estes seguros de saúde funcionam por módulos estanques, no sentido em que as coberturas estão totalmente definidas e não nos é permitido fazer uma personalização mais do que a simples escolha desses módulos de cuidados.

É também por força desta padronização de oferta, que estes seguros saem mais baratos.

Ainda assim é capaz de encontrar resposta nestes produtos para a generalidade das necessidades: consultas de especialidade, estomatologia, ambulatório e até internamento, embora com capitais relativamente reduzidos que poderão não cobrir uma cirurgia mais complexa e cara.

O Questionário Clínico é importante

Outro fator com o qual poderá ter ficado surpreendido, mas que efetivamente influencia o preço do seu seguro de saúde, é a sua saúde atual e a medida em que os seus hábitos de vida, são saudáveis.

Na documentação que terá que preencher e enviar à seguradora para contratar um plano de saúde, é lhe apresentado um questionário clínico onde é instado a dar conta do seu historial clínico em termos de peso, altura, doenças anteriores, operações cirúrgicas a que foi submetido e também hábitos quotidianos de vida.

Tenha em atenção que vai ter que responder pela veracidade destas informações. Não adianta sonegar informação à seguradora pois estará a colocar em risco a fruição futura do seguro quando lhe surgir essa necessidade e clinicamente puder ser confirmada uma incorreção no que afirmou sobre o seu estado e histórico de saúde.

As companhias de seguros de saúde penalizam situações de tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo e todas as doenças crónicas e/ou congénitas que identificarem.

Se lhes chegar, enquadrado nas primeiras caraterísticas, aumentam-lhe o custo do seguro de saúde. Se apontar (e deve fazê-lo no caso de ser verdade) as duas últimas – doenças crónicas ou congénitas – colocarão exclusões para esses casos nos planos que lhe vierem a oferecer.

Ficar com as reais necessidades e eliminar as supérfluas

Como referimos, os seguros de saúde comercializam-se por módulos ou então num nível mais detalhado, por coberturas.

Em ambos os casos, o subscritor deverá interrogar-se e ter ideias bem precisas quanto aos módulos e coberturas que lhe interessa subscrever, uma vez que como sabemos, cada um tem o seu custo e o prémio do seguro de saúde resulta da contribuição de todas estas partes.

Analise as propostas de seguros de saúde que coligiu, veja o conteúdo das simulações de seguros que por certo já solicitou, e questione-se sobre a valorização que poderá dar a cada uma delas.

Por exemplo, se é alguém ainda jovem e saudável que quase nunca recorre ao médico, poderá ser suficiente um plano que tenha apenas internamento, para poder ficar descansado na eventualidade de vir a padecer de um problema súbito que exija uma intervenção cirúrgica.

Neste caso muito concreto poderá ser caso para deixar as consultas e o ambulatório de fora, e aceitar recorrer ao SNS nos casos (que se estimam muito esporádicos) em que fique doente ou tenha um qualquer distúrbio passageiro.

Sempre que possível, corte nas coberturas extra e desnecessárias. Mais tarde pode sempre vir a englobá-las no seu plano, antecipando uma maior probabilidade de ter que recorrer a elas.

O fraccionamento paga-se

Para a generalidade dos seguros de saúde, pagar o seguro mensalmente, ou até noutro fracionamento que não o pagamento anual, fica mais caro.

A não ser que a seguradora lhe diga (algumas fazem-no) que promocionalmente está a permitir o pagamento do seguro de saúde em várias vezes, sem custos adicionais, pague anualmente para também aqui “tirar uns euros” ao seu seguro de saúde e assim caminhar de encontro ao “seguro de saúde mais barato para si”.

Nos casos em que esta garantia não é dada, as companhias de seguros aplicam um diferencial percentual ao custo do seguro, diretamente proporcional ao número de pagamentos do mesmo ao longo do ano. Pagar ao mês sai mais caro que ao trimestre, pagar ao trimestre sai mais caro que ao semestre e assim sucessivamente.

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TOC e formadora em Contabilidade Financeira, Analitica e Fiscalidade. Colaboradora da Seguros Mais.

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