Utilização e contratação de seguros de saúde durante o ano Covid-19

Os dados sobre a utilização e subscrição de seguros de saúde durante o ano passado, o que poderemos considerar o ano da pandemia Covid-19, já são conhecidos e podemos extrapolar algumas conclusões sobre as expectativas e o comportamento dos portugueses em relação a estes seguros que assistem na doença.

A evolução mensal do rácio entre os custos com sinistros e a produção dos seguros de saúde mostram que, em Abril, foi sentida uma redução mais pronunciada neste rácio.

Redução no rácio significa que se recorreu menos à utilização dos seguros de saúde ou que a subscrição de novos seguros foi grande.

Em Março, este rácio rondava os 83% e no mês seguinte baixou para os 52.7 por cento. Podemos interpretar isto das duas formas apontadas – em Abril, dado o confinamento, as pessoas nem tiveram oportunidade de usufruir dos seus seguros de saúde, adiando cuidados para data posterior, mas também pode ter ocorrido ao mesmo tempo uma crescente subscrição de novos seguros motivada pelos receios de que no SNS não fossem atendidos convenientemente.

A ASF nota ainda que com o fim do estado de emergência, no início de Maio, foi sentida uma subida superior a 25 pontos percentuais quando este rácio ascendeu aos 78.1 por cento. Podemos nós interpretar que com o desconfinamento as pessoas passaram a consultar e a usufruir dos cuidados médicos que tinham suspendido enquanto estiveram em casa confinados.

Já em Junho e Julho foi sentida uma nova redução, passando para 71.5 e 55.1 por cento, respectivamente.

Desde então, a evolução da taxa de sinistralidade registada nos meses seguintes acompanhou genericamente as taxas de 2019. O mês de Dezembro trouxe uma nova redução, passando dos 93.4 por cento para os 50.4 por cento.

Um seguro de saúde é um bem cada vez mais essencial. Se não tem e está a pensar contratar, informe-se e estude as nossas análises e recomendações de seguros de saúde.