Portugueses são dos europeus que mais partilham automóvel

Fevereiro 6, 2014

Portugueses são dos europeus que mais partilham automóvelOs portugueses estão entre os europeus que mais partilharam o automóvel para deslocações comuns, ou pelo menos, foi isso que aconteceu no último ano: 28% do portugueses assume ter partilhado o carro nalguns trajetos, valor que está acima da média europeia, que é de 20%.

Os números são do Caderno Automóvel do Observador Cetelem 2014 que nesta edição estuda o automóvel enquanto transporte coletivo do futuro.

A análise identifica que mais de quatro em cada dez portugueses dizem estar prontos para partilhar o automóvel durante os próximos dez anos.

Com tantos portugueses a aderirem a esta poupança pela partilha de automóvel, é caso para perguntar se os condutores proprietários dos veículos, terão tido o cuidado de integrar uma boa cobertura de ocupantes nos seus seguros automóvel.

A seguir aos portugueses, são os turcos, os maiores entusiastas da partilha de automóvel para deslocações comuns, com 25%. Seguem-se os franceses com 22% e os espanhóis com 21%, todos acima da média europeia.

Em Itália e no Reino Unido, as quem tem que se deslocar de carro para o trabalho ou outro, é menos recetivo a esta partilha de automóvel, com apenas 8% e 12% respetivamente, a confessarem a utilização deste expediente.

O estudo reflete também sobre o futuro a dez anos, e sobre a expetativa dos europeus quanto à forma como se passarão a deslocar nos tempos mais próximos.

Assim, uma larga maioria dos europeus pensa que as novas soluções de mobilidade, com a possibilidade de colocar à disposição veículos de todos os tipos, no local pretendido e mediante um pagamento, bem como a partilha de automóvel e de deslocações se vão desenvolver ainda mais.

Neste particular, os portugueses são os mais otimistas, com 79% contra uma média europeia de 73%, embora as portuguesas sejam mais céticas que os homens, com apenas 34% das mulheres afirmarem imaginarem-se a utilizar um veículo que não lhes pertence.

Nos homens a percentagem é de 48%.

Mesmo que o ecossistema das mobilidades não sofra uma revolução importante nos próximos 10 anos, os portugueses, à semelhança dos europeus, poderão modificar o seu comportamento em relação ao automóvel: do modelo atual de viatura individual, o automóvel poderá passar para a economia da partilha ou para um serviço a que recorremos quando precisamos e deixar de ser considerado como um bem que possuímos. E, segundo o Observador Cetelem, as mulheres revelam-se menos preparadas do que os homens para ultrapassar esta barreira.

Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem

O estudo teve lugar em oito países europeus: Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Reino Unido e Turquia, através de amostras representativas das populações nacionais de cada país, com pelo menos 600 pessoas por nação, num total de 4 830 indivíduos questionados pela Internet.

Até aqui, o automóvel era encarado como um meio de transporte individual por excelência, mas este estudo evidencia uma evolução estrutural na relação entre os Europeus e os seus veículos automóveis, que se parece repercutir de forma incontornável na mobilidade quotidiana dos cidadãos.

 

Com formação em Marketing e em Pubicidade, faz parte do núcleo de fundadores do portal Seguros Mais.

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