Presidentes do ISP e da APS congratulam-se por seguros escaparem à crise

Janeiro 25, 2014

Presidentes do ISP e da APS congratulam-se por seguros escaparem à criseO sector segurador português voltou a crescer em 2013 depois do decréscimo dos dois anos anteriores.

A produção de seguros registou o assinalável aumento de 20.2% em relação a 2012, atingindo 13.1 mil milhões de euros.

Os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) ainda são provisórios, mas a inversão da tendência é uma realidade, confirmando a atividade seguradora como uma autêntica “fura-crise”.

Pesando mais nesta boa performance, está o ramo Vida com um aumento de 33.6%, alavancado positivamente pela procura de planos de poupança reforma (PPR), cuja produção aumentou 38%.

A variação no ramo vida é tão positiva, que quase desvia as atenções da quebra registada no ramo Não Vida, onde a variação foi de –3.1%, arrastada para o vermelho pelo decréscimo da produção nos acidentes de trabalho e automóvel.

Constata-se assim, que pese a penalização sentida pela desvalorização dos mercados financeiros, o sector segurador foi um dos que melhor resistiram à crise.

José Almaça, presidente do Instituto de Seguros de Portugal, e Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), comentam este desempenho e perspetivam 2014.

Os recentes indicadores económicos favoráveis e as perspetivas para 2014 apontam para uma melhoria, ainda que ligeira, da economia. Se isso se concretizar o negócio segurador crescerá.

Este é o ano-chave de arranque da preparação para adaptar a atividade seguradora ao novo regime de Solvência II, que entrará em vigor a 1 de janeiro de 2016.

O sector segurador não pediu apoios ao Estado, manteve o nível de emprego e não foi muito afetado – antes funcionou como amortecedor dos efeitos da crise em alguns grupos financeiros.

José Almaça

 

Para o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), a resistência dos seguros à crise deve-se ao próprio modelo do sector.

Com o ciclo de produção invertido e o prémio pago à cabeça, resolve à partida os problemas essenciais de liquidez financeira, que foram exatamente a expressão desta última crise. E é um modelo que privilegia o adequado provisionamento das responsabilidades futuras e a sua representação em ativos que respeitem o perfil desses passivos.

Pedro Seixas Vale

 

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Com formação em Marketing e em Pubicidade, faz parte do núcleo de fundadores do portal Seguros Mais.

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