Quebra nos resultados das seguradoras em Portugal
As seguradoras que operam em Portugal fecharam o ano de 2011 com um resultado líquido que representou uma quebra de 90.9% em relação ao ano anterior. As 45 seguradoras que atuam no mercado português perfizeram ao todo 36 milhões de euros de resultados, quando em 2010, os resultados tinham ascendido a 397 milhões de euros.
O presidente do Instituto de Seguros de Portugal, justifica a diminuição nos resultados pelo facto do ramo Vida estar muito exposto à evolução dos mercados de capitais, que atravessaram dificuldades em 2011.
Parte apreciável desta quebra diz diretamente respeito às imparidades que foram assumidas pelo setor segurador, sobretudo, por causa das dívidas soberanas detidas em carteira.
Além da questão da dívida soberana, o desempenho geral do mercado em 2011 “não foi o melhor”, sublinhou o responsável, numa alusão à desvalorização generalizada dos ativos, quer na classe das ações, quer no segmento das obrigações.
A performance das várias seguradoras durante o ano findo foi muito díspar
Trinta e cinco das seguradoras obtiveram em conjunto um lucro de 204 milhões de euros. O saldo quedou-se pelo valor adiantado acima, devido aos prejuízos de 169 milhões de euros registados por outras dez seguradoras.
Ainda assim, entre as companhias de seguros com resultados positivos, a média dos lucros desceu para seis milhões de euros por seguradora. Quanto às que perderam, o valor médio do prejuízo atingiu os 17 milhões de euros.
Causas da quebra de resultados das seguradoras
Além das razões apontadas, juntam-se ainda outras.
Uma delas é o agravamento da sinistralidade na área não vida que pesou grandemente sobre os resultados das seguradoras, com a taxa de sinistralidade nos seguros de acidentes de trabalho dos 82% para os 90%, nos seguros de saúde, de 79% para 82% e no seguro automóvel de 72% para 73.5%.
Outra razão prende-se com a aposta dos bancos em favorecer a captação de depósitos em detrimento da venda de produtos de seguros, para assim irem de encontro das obrigações da troika.
A outra causa apontada pelo responsável do ISP tem a ver com o menor rendimento das famílias portuguesas neste momento económico, que não só investem menos em seguros, como optam até por resgates antecipados.
Por fim, até a perda dos benefícios fiscais dos Planos de Poupança Reforma afetou os números das seguradoras.
Fernando Nogueira salientou ainda que o setor segurador continua a ser o maior investidor institucional em Portugal, com quarenta mil milhões de euros de ativos sob gestão.
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