Carro sem condutor será uma realidade para os portugueses

Quase metade dos automobilistas portugueses (44%) mostra-se muito ou algo interessada na utilização de um veículo sem condutor.

Esta é a conclusão do estudo do Observador Cetelem, que aponta os portugueses como sendo os europeus mais convencidos de que esta tecnologia será, de facto, uma realidade (84% vs 73% de média europeia).

O Observador Cetelem interrogou automobilistas de vários países do mundo e constatou que apenas três em cada quatro acreditam que o veículo sem condutor será uma realidade. É nos países em desenvolvimento que se verifica um maior otimismo, especialmente na China (92%), no México (87%), no Brasil (86%) e na Turquia (86%). Portugal surge logo na quinta posição (84%).

Engraçado que sejam os pioneiros na tecnologia de condução autónoma dos veículos, os povos mais céticos. Japoneses (63%), britânicos e americanos (61%), mostram-se mais reticentes em relação às possibilidades de desenvolvimento deste conceito.

Em média, 55 por cento dos automobilistas, a nível mundial, mostram-se seduzidos pela utilização do carro sem condutor. Uma vez mais, são os países emergentes que revelam um maior interesse, especialmente a China, onde 91 por cento dos automobilistas confessam querer utilizar uma viatura autónoma. Pelo contrário, nos Estados Unidos, berço de Silicon Valley – um dos grandes impulsionadores do automóvel sem condutor, os consumidores interessados são ainda minoritários (32 por cento).

A adoção da viatura totalmente autónoma será, sem dúvida, mais fácil nos países emergentes. Nos países desenvolvidos, que acompanharam de perto o desenvolvimento do conceito e onde o automóvel tradicional está bem enraizado nos modos de vida, existem ainda algumas reservas. O desfasamento entre a evolução da tecnologia e o enquadramento legislativo, e as eventuais falhas da viatura autónoma – mesmo que pouco numerosas, explicam esta falta de confiança.

Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem