Seguros geram emprego e remuneram acima da média

Janeiro 28, 2014

Seguros geram emprego e remuneram acima da médiaO sector segurador garante estabilidade no emprego, cria condições de trabalho para reter talentos, cria emprego qualificado e fomenta o equilíbrio entre homens e mulheres no trabalho. Estas são algumas das conclusões do relatório Pessoal da Atividade Seguradora patrocinado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

A recolha de informação foi realizada em 56 entidades distintas, representativas de 92% da quota de mercado do sector segurador português.

Os dados reportam a finais de 2012, e dão como sendo 11 037 o número de trabalhadores da atividade seguradora, acrescidos de mais 151 estagiários.

No ano de 2012 foram admitidos 200 novos trabalhadores, duplicando praticamente as rescisões, que foram pouco mais de 100.

Nos últimos cinco anos, nos seguros foram contratados, em média, cerca de 300 trabalhadores por ano, pelo que os números de 2012 nem são famosos em termos comparativos, mas manifestam-se excelentes se atentarmos na grave conjuntura económica em que o país está mergulhado.

Seguros têm remunerações acima da média e retêm talentos

Em termos salariais, o valor do ordenado efetivo médio mensal situava-se, à altura da recolha de informação, nos 2 107 euros, bem acima da média registada para o total das Atividades financeiras e de seguros, que é de cerca de 1 578 euros.

Apenas 4.3% dos trabalhadores apresentam salários abaixo dos mil euros, sendo ínfima a percentagem de trabalhadores com salários inferiores a 700 euros – 0.4%.

O elevado grau de satisfação dos trabalhadores relativamente às condições e oportunidades oferecidas pelo sector dos seguros têm significado também uma forte capacidade de reter os talentos e a formação de quadros qualificados.

Igualdade de género

Um dos aspetos que também se destaca numa análise dos dados recolhidos é o equilíbrio em género que o número total de trabalhadores evidencia. 51.1% são homens, e as mulheres são 48,9%.

Um outro indicador a realçar é a antiguidade média no setor que atinge os 16.5 anos. Este dado, conjugado com a idade média dos trabalhadores e com a antiguidade média na empresa (14.8 anos), poderá ser indício da uma grande prevalência de mobilidade intrassectorial já que, em termos médios, grande parte da vida ativa dos atuais trabalhadores foi desenvolvida no próprio setor.

Por outro lado, no que respeita à estrutura etária dos trabalhadores, existe, naturalmente, uma maior prevalência das classes etárias situadas no pico da vida ativa, representando as classes etárias entre os 28 e os 54 anos quase 85% do total de ativos.

Dentro deste intervalo sobressai a classe etária entre os 37 e 45 anos que, com mais de 37% do total de ativos, é a maior das apresentadas no relatório. Neste contexto, não é, portanto, surpreendente que a média de idades dos trabalhadores se situe exatamente nesta classe etária (42.6 anos).

Concentração de trabalhadores em Lisboa e Porto

Relativamente à distribuição geográfica dos trabalhadores, de uma análise dos dados do relatório facilmente se deteta uma elevada concentração nos distritos de Lisboa (68%) e do Porto (12.8%) que, em conjunto, empregam quase 81% do pessoal da atividade.

Em terceiro lugar, mas a uma larga distância, encontra-se o distrito de Braga, com 2.2% do total de trabalhadores, logo seguido por Aveiro (1.7%) e Coimbra, Leiria e Setúbal (cada um deles com 1.6%).

Constata-se assim que a faixa litoral entre Setúbal e Braga emprega cerca de 90% dos ativos do setor.

Resumo da empregabilidade nos seguros:

  • Nos últimos 5 anos o setor segurador contratou em média, cerca de 300 colaboradores por ano.
  • O vencimento efetivo médio mensal em finais de 2012 era de 2 107 euros
  • Equilíbrio quase completo entre o número de trabalhadores do género masculino e feminino (51.1% contra 48.9%)
  • Mais de um terço dos trabalhadores dos seguros tem formação superior.

 

TOC e formadora em Contabilidade Financeira, Analitica e Fiscalidade. Colaboradora da Seguros Mais.

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