Multicare pensa continuar a vender seguros de saúde com atual oferta

Fevereiro 19, 2014

Interessadas na saúde dos portugueses por via do negócio dos seguros de saúde, as companhias de seguros dedicam especial atenção aos desenvolvimentos neste sector, nomeadamente às políticas de saúde do Governo, no que ao Serviço Nacional de Saúde tem indo a dizer respeito, como agora também às mudanças de funcionamento que têm sido avançadas para a ADSE.

Multicare Saúde

Foi interessante ler e tentar perceber a estratégia da Multicare – um dos principais players no segmento dos seguros de saúde – para os próximos tempos e em resposta a alterações como a do aumento das contribuições dos trabalhadores para a ADSE e a eventual possibilidade destes poderem abandonar aquele sistema, equacionando outras propostas que assegurem igualmente a resposta na doença.

O testemunho foi concedido ao Público por Rita Sambado, directora de marketing da Fidelidade, mas neste particular, “falando” pela seguradora de saúde do grupo – a Multicare.

Da entrevista transpirou a convicção de que o seguro privado vai continuar a ser uma área de negócio atraente para novos clientes e que a Multicare entende que a sua oferta atual é já suficientemente abrangente, não carecendo alterações de princípio.

Rita Sambado começa por lembrar que mais de dois milhões de portugueses têm já um seguro de saúde e menciona a produção de seguros de saúde no ano findo, que cresceu 3 pontos percentuais.

Para Rita Sambado, o crescimento resulta da grande perceção de utilidade que os clientes têm para com este tipo de produtos da mais-valia que reconhecem ter nas vidas, ao subscrevê-lo.

Sambado atribui também uma quota de responsabilidade pelo crescimento observado, à atuação dos players, que segundo a responsável tem primado pela adaptação às constantes alterações do mercado segurador da saúde.

Sambado acredita que as repetidas mudanças no SNS, o retrocesso na comparticipação do Estado (para onde podem também ser remetidas as alterações na ADSE), os crescentes tempos de espera, e anda outros fatores, abrem espaço para a intervenção das seguradoras e das suas soluções acessíveis e adequadas à realidade vivida.

A diretora de marketing da Fidelidade reconhece que as famílias, perante a crise, procuram soluções acessíveis, e acredita que essas soluções já encontram disponíveis na oferta atual, ainda que a Multicare, como outras, sigam estudando formas de adequar os produtos ainda mais às reais necessidades dos indivíduos e das famílias.

Confrontada com a preocupação crescente dos portugueses com patologias mais graves como as oncológicas, que consideram a cobertura dos seguros de saúde privados insuficientes neste âmbito e reclamam o alargamento de garantias, Rita Sambado refere que também aqui a Multicare tem acompanhado as necessidades do mercado, sublinhando que na atualidade a oferta está estável e consegue responder às expectativas dos clientes, tanto nas soluções mais baratas como nas mais completas.

Para dar resposta a necessidades de capitais mais elevados e seguros orientados para situações mais graves, a Multicare já inclui na sua oferta a cobertura de Doenças Graves – Best Doctors. Esta cobertura está disponível no Plano de Saúde Total e em todas as opções do Plano de Saúde Personalizado, com um capital de 1 milhão de euros, e que prevê até o acesso a tratamentos no estrangeiro.

Exemplo de subscrição

A Multicare disponibiliza, para uma pessoa de 40 anos, quatro planos diferentes, a cerca de 15 euros, 21 euros, 59 e 65 euros.

Plano I – 15 euros: Inclui 50 mil euros em internamento e acesso a preços vantajosos dentro da rede em termos de consultas, mas que ficam a cargo do beneficiário.

Plano II – 21 euros: O capital de internamento é de 75 mil euros e estão previstas oito consultas por ano mediante co-pagamento de 15 euros.

Plano III – 59 euros: O capital de internamento é de 50 mil euros, mas o seguro já prevê o acesso a parto, cirurgia de ambulatório até 2500 euros, fisioterapia e terapia da fala e estomatologia até 250 euros, bem como as consultas e exame mediante co-pagamento.

Plano IV – 65 euros: Igual ao plano III, mas prevê um milhão de euros para doenças graves, tratadas em Portugal ou no estrangeiro.

Pensando numa pessoa de 60 anos e calculando o valor do seguro nos mesmos quatro planos, os preços são respetivamente de 37, 45 99 e 107 euros.

 

TOC e formadora em Contabilidade Financeira, Analitica e Fiscalidade. Colaboradora da Seguros Mais.

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