Plano de saúde dos EUA aproxima-se do Europeu

Abril 27, 2010

Barack Obama pretende que o sistema de saúde americano se aproxime do modelo europeu, nomeadamente do português, aberto a todos e público. O Presidente dos EUA quer espalhar as garantias de cuidados de saúde a todos os americanos e evitar que as companhias de seguros possam recusar realizar seguros de saúde em caso de doença.

Actualmente são 158 milhões, os americanos com seguro de saúde através da entidade empregadora, que lhes desconta mensalmente um valor fixo dos respectivos vencimentos. Para além dessa maioria, os restantes dividem quanto a garantias de cuidados de saúde da seguinte forma:

Quinze milhões subscrevem seguros de saúde directamente com as companhias de seguros.

Outros 42 milhões, que são idosos, beneficiam do Medicare, um dos subsistemas custeados pelo Estado.

O outro sub-sistema denomina-se Medicaid e “alberga” 35 milhões de pobres.

Sobram assim 32 milhões cidadãos dos EUA sem qualquer cobertura na assistência à doença, seja porque têm um salário baixo demais para pagar um seguro, ou porque a empresa não o subsidia.

Será para estes últimos que o Presidente dos EUA quer pôr em prática a reforma de saúde. Obama pretende tornar os seguros obrigatórios para todos, colocando o Estado a suportar parte dos custos dos que não conseguem pagar o próprio seguro de saúde.

A par deste desejo, Obama pretende proibir certas práticas das seguradoras, como recusar-se a fornecer cobertura a pessoas com condicionamentos de saúde.

Será porventura irónico, que embora toda esta desigualdade, os Estados Unidos gastam com a saúde bem mais do que por exemplo Portugal, 16% do PIB (7600 euros por pessoa) contra os nossos 10% (1200 euros).

A razão destes gastos com a saúde na América terá com certeza a ver com o facto da oferta de se impor à procura, criando novas necessidades – as clínicas e hospitais bem equipados conseguem atrair mais doentes, e prescrevem muitas vezes tratamentos excessivos, apenas por razões económicas.

 

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